quarta-feira, 10 de julho de 2013

Sindicalistas fecham 15 terminais de ônibus em São Paulo


Uma chapa de oposição do sindicato dos motoristas e cobradores bloqueia nove terminais de ônibus de São Paulo na manhã desta quarta-feira (10). Ao menos 279 linhas foram afetadas.
Segundo a SPtrans, empresa municipal de transporte, estão bloqueados os terminais Santo Amaro, Parque D. Pedro, Capelinha, Campo Limpo, Grajaú, Varginha, João Dias, Lapa, Cachoeirinha, Pirituba, Casa Verde, Vila Prudente, metrô Santana, Sacomã e Mercado, do Expresso Tiradentes.


Os sindicalistas chegaram aos terminais por volta das 8h e, gradativamente, fecharam as saídas do locais. Passageiros conseguem entrar, mas os ônibus não podem sair.
O grupo de manifestantes é ligado a Valdevan Noventa e Edicaldo Santiafo, que compõem a chapa de oposição para a eleição do sindicato dos motoristas e cobradores. Uma eleição ocorre hoje e e amanhã. Atualmente, o presidente é Isao Hosogi.

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Terminal Parque D. Pedro, bloqueado por integrantes da chapa de oposição à presidência do sindicato de motoristas e cobradores de ônibus
Terminal Parque D. Pedro, bloqueado por integrantes da chapa de oposição à presidência do sindicato de motoristas e cobradores de ônibus

No dia 3, o mesmo grupo bloqueou três terminais na cidade por duas horas e meia.
"É um absurdo que uma disputa sindical afete a vida do trabalhador de São Paulo", diz Jilmar Tatto, secretário municipal dos Transportes.
DISPUTA
O principal articulador da chapa de oposição na eleição do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus é Edivaldo Santiago, 65, que liderou a maior greve de ônibus da história de São Paulo.
Ele era presidente do sindicato em 1992, quando os veículos ainda eram da CMTC (empresa municipal) e ficaram nove dias parados.
"Nenhum partido nos representa. Somos contra essa atual administração do sindicato, que é conivente com os patrões e se vende para a prefeitura", disse Santiago ao participar dos atos ontem. Ele é candidato a vice-presidente na chapa da oposição.
Santiago é criticado por opositores por não ter endurecido na gestão Maluf, quando a CMTC foi extinta.
Voltou ao sindicato em 2000. Ele e outros 18 integrantes da diretoria foram presos em 2003 sob a acusação de crimes como enriquecimento ilícito e formação de quadrilha -negada por eles.
Entre os presos também estava o atual presidente, Isao Hosogi, o Jorginho, e o diretor financeiro, José Valdevan de Jesus, o Valdevan Noventa.
Libertado, Jorginho assumiu no ano seguinte por influência de Santiago, a quem chamava de "padrinho".
Mas disputas acabaram com a aliança de décadas.

Folha de S. Paulo

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