21/06/2013 08h00
- Atualizado em
21/06/2013 08h00
Ferramentas incentivam colaboração de internautas que não vão às ruas.
Veja sites de mapeamento de protestos e agregadores de conteúdo.
Mapa colaborativo 'Protestobr' reúne dados de manifestações no Brasil. (Foto: Reprodução)
“O ativismo de sofá é muito importante também”, diz Marco Gomes.
Programador e dono de startup, ele criou o aplicativo e site
“Protestosbr” (veja aqui),
um mapa colaborativo que reúne informações sobre os diversos protestos
que ocorrem no Brasil desde segunda-feira (17). A ferramenta é uma das
muitas que surgiram na internet para ajudar a acompanhar as
manifestações de casa e auxiliar os manifestantes que estão na rua.“Seu ‘sofativismo’ é muito importante”, informa a descrição do site. O termo faz menção ao que se convencionou chamar ativismo de sofá, em referência a internautas que protestavam apenas nas redes sociais.
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Criado ainda no domingo (16), o “Protestosbr” é alimentado de forma
colaborativa por meio do site e do aplicativo (disponível para aparelhos
que rodam Android, do Google, e iOS, da Apple).“As pessoas podem tirar foto e dizer se é polícia, manifestante, abrigo ou apoio. Isso vai para o mapa com a localização dela”, explica Gomes. Os usuários podem ainda adicionar informações por escrito sobre ocorrências locais.
“As pessoas têm o costume de negligenciar os ‘sofativismo’, mas quem fica em casa têm inúmeros motivos para não ir às ruas. É muito importante a ajuda de quem fica no sofá”, diz. E completa: “Todo exército tem uma área de inteligência: as pessoas que ficam no sofá vendo a TV e alimentando os manifestantes com informação são essa inteligência”.
Na terça-feira (18), durante novo protesto em São Paulo pela redução da tarifa de ônibus, uma transmissão do conflito entre manifestantes e policiais era feita ao vivo. Transmitindo imagens por meio de uma aplicação ligada ao Twitter, o canal de vídeos Postv.br chegou a ter 20 mil pessoas assistindo.
Gramfeed concentra imagens com as hashtags #vemprarua e #protestorj. (Foto: Reprodução)
Grandes empresas também entraram no jogo. Na quarta-feira (19), o Instagram, app de fotos da rede social Facebook, publicou em seu blog oficial fotos de manifestantes de São Paulo, Rio e Brasília. As imagens das cidades foram reunidas por meio da localização. Mas também há imagens agregadas por meio das hashtags #vemprarua e #protestorj. A ferramenta utilizada para isso foi o Gramfeed, um compilador de fotos no Instagram (veja site).
A coqueluche dos protestos na web são os agregadores de conteúdo. São ferramentas que utilizam hashtags para reunir fotos, vídeos e informações postadas em redes sociais em um único site. O analista de sistemas Renan Martins, 27, criou uma dessas ferramentas. O site “SPvaiParar” faz o mesmo, mas apenas com conteúdos postados no Facebook acompanhados de hashtags como #spvaiparar, #vemprarua, #vinagre e #semviolência (veja aqui).
O Facebook, aliás, é abrigo tanto para as páginas que convocam as pessoas para os protestos seguintes quanto para páginas de orientação durante as manifestações. Um exemplo desse último caso é a página no Facebook Rota de Fuga SP (veja aqui), que reúne formas seguras de “voltar inteiros para casa”.
Aplicativo Mobli tem mais de 3 mil imagens com a hashtag #VemPraRua (Foto: Divulgação/Mobli)
Inicialmente criado para mostrar imagens dos resultados do confronto
entre manifestantes e policiais, o Tumblr “Feridos no Protesto SP” (acesse aqui) agora foca na divulgação dos locais de protestos pelo país.O aplicativo Mobli, de captura de fotos e vídeos, também tem sido usado para reunir
fotos das manifestações tiradas pelos participantes. Até o momento, mais de 3 mil fotos com a hashtag #VemPraRua foram publicadas no serviço (veja aqui), informou a empresa na quinta-feira (20).
fonte: G1
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