sexta-feira, 21 de junho de 2013

Protestos pelo país têm 1,25 milhão de pessoas, um morto e confrontos

Nas capitais, minorias enfrentaram a polícia e outros manifestantes.
Em Ribeirão Preto (SP), um jovem morreu atropelado durante o protesto.

  21/06/2013 01h11 - Atualizado em 21/06/2013 08h22


MAIS DOS PROTESTOS PELO PAÍS
1 MORTO
Um jovem de 18 anos morreu e 12 pessoas ficaram feridas após serem atropeladas por carro no ato em Ribeirão Preto (SP)
VANDALISMO VAIADO
Nos atos, vândalos foram vaiados em Teresina, Porto Alegre, Pelotas, Belo Horizonte, Goiânia, Recife, Vitória e Salvador
REDUÇÃO DAS TARIFAS
Nesta quinta, o preço das passagem foi reduzido em Curitiba e Belo Horizonte
NEGOCIAÇÃO
Prefeitos aceitaram receber líderes em Macapá e Belém
Mais de 1,25 milhão de pessoas participaram nesta quinta-feira (20) de protestos realizados em mais de 100 cidades brasileiras, pequenas, médias e grandes, no maior dia de manifestações desde o início da onda de marchas. Na maior parte dos casos, foram passeatas pacíficas, mas houve confrontos entre polícia e grupos minoritários em diversas cidades, como Rio de Janeiro, que reuniu o maior público (300 mil pessoas), e em Brasília, onde manifestantes atacaram o prédio do Itamaraty. À noite, a presidente Dilma Rousseff pediu para que todos os ministros ficassem em Brasília e convocou reunião para esta sexta.
(Veja ao lado reportagens do Jornal Nacional e do Bom Dia Brasil sobre as manifestações)
Além de dezenas de feridos, a mobilização nacional registrou uma morte: em Ribeirão Preto (SP), um jovem foi atropelado por um carro que avançou sobre manifestantes e não resistiu. Em São Paulo, 100 mil pessoas ocuparam a Avenida Paulista pacificamente, mas houve confrontos isolados entre militantes de partidos, sobretudo petistas, e pessoas que se dizem sem partido.
A série de protestos em junho começou como reação ao aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem em São Paulo e Rio. Desde o dia 3, o Movimento Passe Livre (MPL) na capital paulista convocou sete grandes atos pela revogação do aumento. No Rio, foram seis manifestações até esta quinta. Conforme os movimentos cresciam nas duas capitais, a mobilização se disseminou pelo país. Nesta semana, a demanda de redução da tarifa foi atendida por prefeitos e governadores de São Paulo, Rio e mais de dez cidades.
Porém, o protesto que começou com o reajuste de R$ 0,20 cresceu e ganhou outras bandeiras, como o fim da corrupção e da violência policial, melhorias no transporte, na saúde e na educação e os gastos excessivos com a Copa do Mundo. O ato desta quinta-feira foi mantido como comemoração da conquista. Mas, sem liderança definida nas grandes cidades, os protestos tomaram rumos diferentes, se separaram e as tentativas de diálogo com as autoridades fracassaram.

fonte: G1

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