O sistema inclui o uso de uma bomba de insulina, um software específico e sensores para medir os níveis de glicose no sangue continuamente.
De acordo com os resultados do estudo, o sistema reduziu em 32% a hipoglicemia noturna e em 38% a duração e a gravidade dessas crises. Isso ocorre porque a bomba para de enviar insulina ao corpo duas horas após um determinado nível de glicose no sangue.
A hipoglicemia noturna é um problema para a maioria dos pacientes com diabetes tipo 1, visto que ela pode levar a inconsciência, convulsão e até a morte. A pesquisa foi realizada com 247 diabéticos tipo 1 por três meses, sendo que 121 pacientes usaram o sistema de ''pâncreas artifical''.
''O trabalho é o primeiro que mostra o sucesso do sistema de desligar a bomba de insulina com base nos resultados dos sensores. Essa tecnologia promete ser muito importante para os pacientes e pode ser a chave para desenvolver um pâncreas artificial'', afirma Richard Bergenstal, diretor executivo do International Diabetes Center, e um dos principais cientistas do estudo.
Para ele, o próximo passo é continuar refinando as pesquisas para prevenir a hipoglicemia e tornar a bomba capaz de adicionar mais insulina quando os níveis de glicose no sangue estiverem altos. ''Nós iremos eventualmente modificar a bomba para ajustar a entrega de insulina e a possibilidade de outros hormônios para controlar os níveis de glicose durante o dia, inclusive durante refeições e atividades físicas'', revela.
Ainda que o dispositivo desligue sozinho automaticamente, ele pode ser alterado manualmente se o paciente acorda e consome algum alimento no meio da noite, por exemplo. O tratamento ainda não está disponível, mas já foi submetido à analise no FDA (Food and Drug Administration).
* A repórter viajou a convite da Sanofi
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O
diabetes do tipo 1 é pior que o do tipo 2. PARCIALMENTE VERDADE: o
pâncreas do portador do diabetes tipo 1 não produz nenhuma insulina, o
que torna o tratamento mais "trabalhoso", segundo o endocrinologista
Felipe Gaia, consultor do SalomãoZoppi diagnósticos e da Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. "Desde o início temos que
fornecer insulina de forma a simular o trabalho do pâncreas", afirma. Já
no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas ela não consegue
atuar corretamente no corpo. "No começo do tratamento, e se a pessoa se
cuidar sempre, basta emagrecer e fazer atividade física", diz. Mas, se o
paciente não se cuidar, pode ficar com o pâncreas com a capacidade de
produzir insulina totalmente comprometida, como o de um paciente do tipo.
fonte: uol noticias
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