Americano só saía à rua usando máscara; paciente ganhou mandíbula, dentes e língua novos no mais extenso transplante facial já feito
Médico examina a pele de Richard Norris: transplantado hoje se sente confiante o suficiente para aparecer em público
Nos 15 anos que se passaram entre um disparo de arma de
fogo que devastou a parte de baixo do rosto de Richard Lee Norris e um
transplante facial - considerado o mais extenso até hoje - que pôs fim à
vida de ermitão que levava, ele enfrentou crueldade de estranhos, lutou
contra o vício e cogitou se suicidar. Agora, aos 38 anos, o americano
está começando uma nova vida, com esperança de que sua trajetória
servirá de exemplo àqueles que enfrentam uma situação similar.
Responsável pela operação, o médico Eduardo Rodríguez,
chefe de cirurgia plástica reconstrutiva do centro de traumas do
hospital da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, afirmou que o
processo foi o mais longo já realizado porque inclui a inserção de uma
língua e de dentes e porque as incisões foram feitas mais atrás do
rosto, para ficarem menos visíveis.
Richard agora consegue sentir na sua face, é capaz de
sorrir e está lentamente reaprendendo a falar. Ele também está estudando
e frequenta aulas online de história da arte. Fã de esportes, ele
voltou a pescar e quer jogar golfe novamente. "Posso hoje começar a
aproveitar a nova vida que foi dada a mim", afirmou ele.
O primeiro transplante total de face foi realizado na França em 2005 em uma mulher atacada pelo seu cachorro.
Com informações da AP e do Huffington Post.
Terra
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