quinta-feira, 18 de julho de 2013

Paulínia (SP) é primeira cidade do Brasil a anunciar tarifa zero após protestos


A cidade de Paulínia (119 km de São Paulo) é a primeira do país a adotar a tarifa zero no transporte público municipal após a recente onda de manifestações que tomou as ruas do país no mês passado e começo de julho. A medida foi anunciada nesTa terça-feira (16) pelo prefeito, Edson Moura Junior (PMDB), e vale a partir do próximo dia 1º.  Hoje, a tarifa em Paulínia custa R$ 1.
Moura Junior foi diplomado ontem pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e fez o anúncio já na cerimônia em que foi oficializado na chefia do Executivo.

ntegrante do MPL (Movimento Passe Livre) em São Paulo, o professor de história Lucas Monteiro definiu: "Paulínia não só é a maior cidade brasileira a ter hoje implantada a tarifa zero, como também é a primeira a fazer isso desde o fim dos protestos", disse. Para Monteiro, "isso prova que é possível implementar a tarifa zero em qualquer outra cidade; dinheiro para isso há. A questão é ter isso como política pública", concluiu.

Mapa dos protestos

  • Clique no mapa e veja onde aconteceram os principais protestos no Brasi até agora
Segundo Monteiro, Paulínia entra para o grupo de cidades como Agudos e Potirendaba, também no interior paulista, e Porto real, no Rio de Janeiro, e Ivaiporã, no interior do Paraná, nas quais a gratuidade já foi implementada pelo poder público no sistema de transporte.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Paulínia informou que "ainda estão sendo feitos estudos com as empresas de transportes para determinar os custos" da medida. "A cidade é muito rica, arrecada por mês R$ 80 milhões, não tem razão para não subsidiar integralmente a passagem", completou.

Orçamento bilionário

Com cerca de 87 mil habitantes segundo o censo do IBGE de 2012, a cidade de Paulínia tem um orçamento de R$ 1 bilhão. O município concentra um grande parque petroquímico, com refinarias e indústrias de processamento de petróleo.
Para efeito de comparação, São Paulo tem um orçamento de R$ 42 bilhões e uma população 126 vezes maior (11 milhões de habitantes).

UOL

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