Um tribunal de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos,
condenou uma empresária norueguesa a 16 meses de prisão por ter relações
sexuais fora do casamento após ela denunciar ter sido estuprada,
informa o jornal americano USA Today, que cita agênciade notícias árabes.
Marte Deborah Dalelv, que teria entre 24 e 25 anos, foi
condenada na quarta-feira. Ela também foi considerada culpada de
perjúrio e por ter ingerido bebidas alcóolicas, o que é proibido neste
país islâmico.
Dalelv disse à polícia de Dubai no dia 6 de março que
foi estuprada durante sua estadia a trabalho no emirado. Segundo seu
pai, ela então foi prontamente detida por quatro dias, teve passaporte e
dinheiro confiscados e foi indiciada.
Para alguém ser condenado por estupro nos EUA a lei
exige que o agressor confesse o crime ou que quatro homens adultos
testemunhem sobre o ataque.
O Departamento de Justiça da Noruega disse na
quinta-feira que o caso era "altamente problemático" em termos de
direitos humanos ocidentais.
Noruega promete ajuda
Nesta sexta, o governo norueguês prometeu apoiar judicialmente a jovem. "A sentença em Dubai a uma norueguesa que denunciou um estupro é contrária a nosso sentido da justiça. Daremos a ela apoio no processo de apelação", disse o ministro das Relações Exteriores norueguês, Espen Barth Eide, em sua conta do Twitter.
Nesta sexta, o governo norueguês prometeu apoiar judicialmente a jovem. "A sentença em Dubai a uma norueguesa que denunciou um estupro é contrária a nosso sentido da justiça. Daremos a ela apoio no processo de apelação", disse o ministro das Relações Exteriores norueguês, Espen Barth Eide, em sua conta do Twitter.
O caso mostra "a posição legal da mulher em muitos
países", acrescentou, para expressar o compromisso do governo norueguês
com os direitos da mulher, especialmente nesse caso.
Graças ao empenho do consulado, a norueguesa conseguiu
ser libertada, à espera de julgamento, e passou um período em uma
instituição religiosa, informam veículos imprensa noruegueses.
Com informações da agência EFE
Terra
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