Estudante de 19 anos foi detido depois de ferir os colegas na escola. As vítimas não correm risco de morte, segundo a polícia
Dois
estudantes de 16 anos foram baleados por um colega de sala na manhã
desta quinta-feira na Escola Estadual Efigênia de Jesus, em Santa Luzia,
na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Autor e vítimas são
alunos do 9º ano do ensino fundamental.
Segundo a Polícia Militar, Alexandre Gustavo dos Santos,
19 anos, alegou ser portador de necessidades especiais e por isso disse
que era vítima de bullying por parte de um dos colegas. "Ele disse que
faz tratamento psiquiátrico. Hoje na entrada da aula foi armado até a
escola e atirou cinco vezes contra esse adolescente, que foi ferido na
barriga. Um outro jovem também foi atingido no ombro e na orelha. Nenhum
dos dois corre risco de perder a vida", informou o tenente Rodrigo Lima
Ferreira, do 35º BPM de Santa Luzia.
O revólver 38 usado pelo estudante pertenceria ao tio
dele, que é policial militar. "O autor mora com a avó. De ontem para
hoje o tio, que é cabo da PM, foi dormir na casa da mãe. O autor então
se aproveitou que o tio deixou a mochila com arma em cima de um
guarda-roupas e pegou o revólver", disse o Ferreira.
O jovem foi detido em casa. O tio também foi conduzido à
delegacia por omissão de cautela. "O delegado da Policia Civil quem vai
definir se ele será autuado. Por parte da Polícia Militar, será aberta
uma sindicância para apurar o fato", afirmou. "O tio nem sabia da
história, ele estava dormindo quando o rapaz pegou a arma. Ficou sabendo
quando o sobrinho foi preso dentro de casa", concluiu o tenente
Ferreira.
Ainda segundo a PM, o jovem autor dos disparos não tem
passagens pela polícia. A Secretaria de Estado de Educação de Minas
Gerais (SEE-MG) informou que a escola tem câmeras de segurança e que
constantemente realiza campanhas de promoção da paz junto à comunidade
do bairro Rosarinha. A SEE disse ainda que o atentado foi um fato
isolado já que não havia sido registrado nenhum outro incidente policial
na escola e o estudante também não teria dado qualquer indício de que
cometeria o crime.
De acordo com a SEE nenhuma das escolas estaduais
mineiras possui detectores de metais na entrada ou têm o procedimento de
revistas em bolsas e mochilas.
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